No local a vítima, recebeu a equipe extremamente nervosa e chorando, e relatou que pediu para sua filha configurar o roteador de wi-fi e sem motivos a mesma partiu para sua direção e tentou lhe enforcar, então se escondeu dentro do banheiro, momento em que a autora se trancou no quarto e se recusava abrir.
Assim a vítima franqueou a entrada da equipe policial na residência. Sendo realizadas diversas tentativas de conversar com a autora para que a mesma se acalmasse e abrisse a porta, durante um determinado momento da conversa, relatou que teve um momento de impulso e agressividade vindo a agredir sua mãe com um tapa no rosto.
Foi dada ordem legal para que a mesma abrisse a porta, sendo desobedecida à ordem pela autora. Então foi solicitada a presença da equipe da secretaria de saúde do município, que compareceu no local, e novamente tentou conversar com a autora, que negou a abertura da porta.
Diante dos fatos a solicitante autorizou que a porta fosse arrombada devido ao risco iminente de tentar contra a própria vida, pois segundo ela, havia lâmina cortante no interior do quarto. Após autorização, foi arrombada a porta do quarto.
A autora não colaborou para ir até o hospital agindo inicialmente com resistência passiva evoluindo para a resistência ativa, momento que a mesma começou a chutar a equipe policial e médica, sendo necessário o uso das técnicas de imobilização conforme Manual de Defesa Pessoal da Polícia Militar, durante a imobilização a autora tentou por diversas vezes agredir e arranhar as equipes, sendo que em determinado momento mordeu a perna esquerda (joelho) de um dos integrantes da equipe policial, causando ferimento.
Finalizada a imobilização e contenção da autora na maca, a mesma foi encaminhada em ambulância acompanhada de sua genitora até o hospital municipal para medicação e demais procedimentos médicos. Ainda, cabe mencionar que durante o trajeto, xingou, cuspiu e tentou agredir a equipe de enfermagem. Sendo a vítima orientada quanto aos procedimentos judiciais e seu direito decadencial de representação.
A rápida intervenção policial e da equipe de saúde foi crucial para conter a situação e garantir a integridade física de todos os envolvidos.
Por se tratar de uma adolescente, o caso será acompanhado pelo Conselho Tutelar e demais órgãos de proteção à criança e ao adolescente. Serão avaliadas as medidas socioeducativas cabíveis, conforme previsto no ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - Lei nº 8.069/1990)
A ocorrência demonstra a complexidade das relações familiares e a importância da atuação integrada dos órgãos de segurança pública, saúde e assistência social para lidar com situações de violência doméstica envolvendo adolescentes
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